CARLOS WALTER PORTO-GONÇALVES (1949-2023) AND THE GEOBIOPHYSICAL DIMENSION OF “GEO-GRAFAR”: SMALL TRIBUTE TO A GREAT GEOGRAPHER / CARLOS WALTER PORTO-GONÇALVES (1949-2023) E A DIMENSÃO GEOBIOFÍSICA DO “GEO-GRAFAR”:PEQUENO TRIBUTO A UM GRANDE GEÓGRAFO
Resumo
A frase que estou a empregar como epígrafe deste texto foi dita em meio a uma entrevista conduzida por Paulo Cesar Scarim em agosto de 1999, mas publicada, como uma homenagem a Carlos Walter Porto-Gonçalves, recém-falecido, em 2023, na revista GeografarES (Scarim, 2023, pág. 24). De todo modo, não foi a primeira e não seria a última vez em que Carlos Walter Porto-Gonçalves, ou simplesmente Carlos Walter, se exprimiu ou exprimiria de maneira parecida. O mesmo espírito se acha, na verdade, presente em muitos de seus trabalhos e em seu ativismo ao longo de décadas; e foi isso, precisamente, que o distinguiu de muitos colegas geógrafos (humanos) intelectualmente formados na esteira da influência da “virada crítica” da disciplina, nos anos 1970 e 1980. A referida entrevista, aliás, oferece diversos outros exemplos de como o entrevistado encarava a Geografia Física e sua importância – importância, diga-se de passagem, não apenas para a própria Geografia, mas para o mundo, como veremos. A ponderação que acima reproduzo é, não obstante, ao mesmo tempo tão relevante e tão emblemática que decidi lhe dar particular destaque, aproveitando-a como verdadeiro mote para este tributo, coerente com o escopo de Margarida Penteado: Revista de Geomorfologia.