GEOMORPHOLOGICAL MAP OF THE GUARITAS OF CAMAQUÃ – RS - BRAZIL / MAPA GEOMORFOLÓGICO DAS GUARITAS DO CAMAQUÃ – RS - BRASIL

Autores

  • Fábio Castilhos Arruda dos Santos Autor
  • Adriano Luís Heck Simon Autor

DOI:

https://doi.org/10.29327/

Resumo

O Mapa Geomorfológico das Guaritas do Camaquã é resultado da dissertação de mestrado intitulada “Mapeamento Geomorfológico do Geossítio das Guaritas do Camaquã/RS: Subsídios à Geoconservação”, desenvolvida por Fábio Castilhos Arruda dos Santos e defendida no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Pelotas, em 2016. Carton et al. (2005) destacam a relevância da cartografia de geossítios e geomorfossítios para a identificação e avaliação desses espaços, considerando que sua representação cartográfica é pouco explorada, mas essencial para a geoconservação. Forte (2008) complementa que a cartografia geomorfológica deve ser utilizada na inventariação de locais de interesse geomorfológico e como ferramenta para a divulgação do patrimônio geomorfológico. Assim, a cartografia não apenas documenta esses espaços, mas também contribui para sua valorização e preservação. Os limites definidos para a área de estudo basearam-se nos trabalhos de Paim et al. (2010). O recorte espacial mapeado está localizado em parte do território do Caçapava Geoparque Mundial UNESCO e também no município de Santana da Boa Vista, na região central do estado do Rio Grande do Sul (Brasil). Está inserido na Bacia Sedimentar do Camaquã (PAIM et al., 2010), em área de abrangência do Alogrupo Guaritas (470 Ma - 19 Ma), caracterizada por depósitos eólicos e lavas básicas intermediárias na base, e depósitos flúvio-aluviais superiores. A sucessão sedimentar que aflora predominantemente na área de estudo compreende as aloformações Pedra Pintada (fácies eólicas) e Varzinha (fácies flúvio-aluviais), delimitadas entre si por uma importante discordância erosiva que ocorre ao longo de toda a bacia (PAIM, 1994; PAIM e SCHERER, 2007; PAIM et al., 2010). O mapeamento geomorfológico utilizou uma simbologia adaptada das propostas de Tricart (1965) e Verstappen e Zuidan (1975), conforme orientações de Cunha (2003) e Simon (2007), através de uma legenda única, organizada em categorias, para facilitar a leitura e interpretação dos dados, sendo guiada por princípios de gestão ambiental. O mapeamento incluiu cinco categorias principais: (1) Litologia, (2) Feições Estruturais, (3) Formas de Origem Denudativa, (4) Morfometria, (5) Ação das Águas Correntes e Formas de Origem Fluvial. O documento cartográfico final, em escala de 1:50.000, cobre uma área de 229,96 km² e apresenta informações detalhadas sobre as formas do relevo. Apesar da complexidade visual, como o uso de diferentes cores e tramas, o mapa permite uma análise básica das feições geomorfológicas e evidencia a organização espacial das formas do relevo em um território reconhecido pela singularidade de sua paisagem, onde predominam feições residuais com aspecto ruiniforme. Esse mapeamento geomorfológico possibilita a inter-relação com outros documentos técnicos relevantes para ações de geoturismo e geoconservação. A versão digital do mapa, com maior legibilidade, está disponível online para consulta.

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Publicado

2024-12-21